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O mandato do deputado federal Pedro
Cunha Lima (PSDB) iniciou, nesta quinta-feira (5), a coleta de
assinaturas para a instalação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
que institui o Magistério Público Nacional. A proposta prevê que os
professores sejam a categoria profissional a receber o maior salário do
serviço público, no nível administrativo. Essa é a primeira PEC proposta
pelo parlamentar, que iniciou seu primeiro mandato no dia 02 de
fevereiro.
A PEC acrescenta o parágrafo único ao
artigo 205 e modifica o inciso VIII e o parágrafo único do artigo 206 da
Constituição Federal, tornando o professor como a categoria responsável
pela Educação e estabelecendo um subsídio para o magistério.
“Estabelece-se um subsídio para o
magistério, como forma de dar-lhe a mesma grandeza das categorias dos
agentes políticos (magistratura, Ministério Público, mandatos eletivos e
correlatos). Nesse compasso, também, estabelece-se que esses subsídios
serão limites superiores na administração pública, para os demais
servidores do Estado, entendidos como agentes administrativos. O
professor é o limite da evolução no serviço público”, defende o deputado
na Justificativa da PEC.
Para a proposta ser protocolada no
Congresso é necessária a assinatura de, pelo menos, 171 deputados. No
primeiro dia da coleta das assinaturas, 83 parlamentares já haviam
assinado.
Pedro Cunha Lima disse que a proposta
nasceu pela necessidade de buscar soluções para melhorar a Educação
pública brasileira, ao passo que proporciona saídas para o problema do
déficit de professores, que hoje chega a 150 mil nas disciplinas de
matemática, física e química.
“A melhoria na Educação só é possível se
melhorarmos as condições de trabalho dos nossos educadores. Para isso, é
preciso incentivar e valorizar a carreira. Precisamos mostrar ao aluno
que está em formação agora, que vai valer a pena ser professor por
profissão. Por quê? É pela educação que o futuro deixa de ser surpresa
para entrar na previsibilidade até dos sonhos. Vamos sonhar…”, defendeu.
Proposta mantém teto do salário do ministro do STF para outros agentes
O deputado federal esclarece que o
subsídio será aplicado de acordo com critérios estabelecidos por uma Lei
Complementar, e deve ser obedecido, por exemplo, o grau de titularidade
do professor (mestrado, doutorado, pós-doutorado), dentre outros.
“O subsídio máximo do professor será o
teto da administração pública, ressalvados aqueles servidores,
compreendidos como agentes políticos, que permanecem como teto o limite
da remuneração do ministro do STF, que é o caso dos juízes e promotores.
No mais, todo resto da administração pública, terá como teto o salário
do professor, que tenha dedicação exclusiva, pós-doutorado e outras
exigências”, pontuou.
Assessoria
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