Os deputados paraibanos Manoel Júnior (PMDB) e Wellington Roberto (PR), defenderam, nesta segunda-feira (1), no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, penas brandas para o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que sofre processo por quebra de decoro parlamentar devido contas no exterior. Hoje foi iniciada a análise do parecer do relator Fausto Pinato, favorável à abertura para destituir o peemedebista do cargo, mas uma outra reunião acontecerá, nesta quarta-feira (2), a partir das 14h.
Durante as discussões, o deputado Wellington Roberto apresentou um voto em separado do parecer propondo a admissibilidade do processo e que o presidente da Casa seja penalizado com censura pública, uma pena mais branda. A proposta foi defendida por Manoel Júnior.
Wellington Roberto considerou que as condutas de Cunha não causaram dano à Câmara Federal.
“Não vamos prejulgar. Cassar para dar satisfação à sociedade. Há uma tendência para julgamentos sumários antes que todas as informações estejam esclarecidas”, afirmou Wellington Roberto.
Já Manoel Júnior disse que Eduardo Cunha não mentiu à CPI da Petrobrás ao dizer que não tinha contas no exterior. Para ele, o Ministério Público não conseguiu provar se os recursos do truste do qual Cunha é sócio são ilícitos ou não.
Confira áudio da fala de Manoel Júnior
O relator Fausto Pinato defendeu a continuidade do processo e disse que, se no final se chegar à conclusão de que Eduardo Cunha é inocente, ele deve ser absolvido. “Não podemos fazer prejulgamentos, temos que ter cautela”, afirmou.
Roberto Targino – MaisPB
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