Os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) decidiram,
nesta sexta-feira (24), continuar a greve da categoria. A continuidade
do movimento grevista foi acertada em assembléias realizadas nos campi
de João Pessoa, Areia e Bananeiras.Com a decisão, as aulas na UFPB não
têm previsão de retorno.
Na
Capital, 137 docentes foram a favor da continuidade da greve, enquanto
apenas oito votaram pelo fim da paralisação. Em Areia, somente dez
professores compareceram à reunião e todos defenderam a continuidade da
greve. Em Bananeiras, dez docentes votaram pela continuidade do
movimento e um se absteve.
Novas assembléias serão realizadas na próxima quinta-feira (30).
Em
João Pessoa, a assembleia aconteceu no auditório da reitoria. Além dos
professores do campus I (incluindo os da unidade Centro de Ciências
Jurídicas de Santa Rita), também participaram dessa reunião os docentes
dos campi IV (Litoral Norte) e V (Mangabeira). Em Areia e Bananeiras, as
assembleias aconteceram nas respectivas subsecretarias do Sindicato dos
Professores (Adufpb).
Negociações
Na
última segunda-feira (20), representantes do Fórum das Entidades
Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF) reuniram-se
com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento,
Sérgio Mendonça, que insistiu na proposta de reajuste salarial de 21,3%
parcelado em quatro anos.
Essa foi a terceira audiência de
negociação desde o lançamento da campanha salarial unificada dos SPF, no
dia 25 de fevereiro. Nas duas primeiras, a única proposta foi o índice
de 21,3% parcelado em quatro vezes - 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em
2018 e 4,5% em 2019. Na última, a negociação apresentou avanços em
termos da negociação dos benefícios.
Para os auxílios
alimentação e saúde, sem reajuste há três anos, o governo propôs
correção de 22,8%, o primeiro passaria a ser R$ 458 e o último
proporcional por faixa etária, sendo o mínimo R$ 101 e o máximo R$ 205.
Já o auxílio creche, desde 1995 sem correção inflacionária, o acúmulo
representa um reajuste de 317%, variando de acordo com os valores
praticados em cada estado.
Calendário
Na
última quinta-feira (16), o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e
Extensão (Consepe) da instituição decidiu suspender o calendário letivo.
O Comando Local de Greve (CLG) alegou que essa medida serve para
proteger os alunos, para que as atividades acadêmicas que ainda eram
aplicadas durante a greve sejam interrompidas e só retornem depois do
término da paralisação.
Portal Correio
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