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O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou indícios de fraudes em
licitações e desvio
de recursos na prefeitura de Duas Estradas, durante a
gestão de Roberto Carlos Nunes. Ele foi punido com o pagamento de multa
de R$ 20 mil, além de ter ficado inabilitado pelo prazo de cinco anos
para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito
da Administração Pública.
O TCU declarou ainda a inidoneidade das empresas Coprene Comércio e
Indústria de Pré-moldados do Nordeste Ltda., SJL Construções e Serviços
Ltda., FC Projetos e Construções Ltda., Atlantis Incorporações,
Construções e Serviços Ltda., Paulo Tomaz Construções Ltda., Comercial
de Ferragens Paulo Tomaz Ltda., F. A. Santos e Ativos Construções e
Comércio Ltda., para participarem, pelo prazo de cinco anos de licitação
na administração pública federal.
As irregularidades foram apontadas em seis procedimentos
licitatórios: convite 14/2006, destinado à ampliação da escola Maria
Dutra; convite 18/2006, relativo à contratação de obras de pavimentação e
drenagem de ruas; convite 9/2007, para compra de material de construção
destinado à construção de passeio público; convite 8/2008, para compra
material de construção do Parque do Forró; convite 22/2008, construção
de melhorias sanitárias domiciliares e tomada de preços 2/2008, para
realização de melhorias sanitárias na sede do município e cisternas na
zona rural.
A auditoria considerou insatisfatórias as razões de justificativas
apresentadas pelos membros da comissão de licitação, no sentido de que
desconheciam situações que desabonassem as condutas das empresas que
participaram das licitações, bem como o fato de os certames serem
anteriores às investigações da Polícia Federal que concluíram que as
referidas empresas eram de fachada.
“O modus operandi das empresas arroladas nestes autos, em diversas
licitações realizadas por prefeituras do Estado de Paraíba, aliado à
inexistência de documentos comprobatórios da realização dos serviços
conveniados, pelas referidas empresas, evidenciam que as fraudes nos
certames não poderiam ter ocorrido sem o conhecimento e o consentimento
do ex-Prefeito Roberto Carlos Nunes”, destacou o relator do processo,
ministro Walton Alencar.
Jornal da Paraíba
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