sábado, 30 de maio de 2015

Tiririca é um dos mais assíduos da Câmara


 Tiririca é um dos mais assíduos da Câmara

Na legislatura passada (2011-2014), cinco deputados federais participaram de todas as sessões deliberativas de plenário, ocasiões em que a presença física é obrigatória. Em um universo de mais de seis centenas de parlamentares com assento na Câmara, apenas Carlos Manato (SD-ES), Lincoln Portela (PR-MG), Pedro Chaves (PMDB-GO), Reguffe (PDT-DF) e Tiririca (PR-SP) estavam presentes em todas as 393 reuniões organizadas de fevereiro de 2011 a dezembro de 2014. É o que revela levantamento exclusivo realizado pelo Congresso em Foco com base em registros oficiais da Câmara, pela primeira vez obtidos com base na Lei de Acesso à Informação. Por determinação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que atendeu a demanda dos próprios colegas, os registros de presença antes veiculados no portal institucional agora só são fornecidos por meio da legislação de transparência.


Apesar da assiduidade intacta, o comediante Tiririca jamais fez um pronunciamento em plenário. Primeiro palhaço profissional a conquistar um lugar no Parlamento brasileiro, Tiririca é o representante do circo no Congresso. Em seu primeiro mandato, o comediante apresentou oito projetos de lei, dos quais seis favoreciam a classe circense.



De acordo com o levantamento da Câmara, os cinco congressistas mais presentes em sessões de votação correspondem a menos de 1% dos 648 deputados que passaram pela Casa nos últimos quatro anos. A presença massiva dos parlamentares assíduos foi reconhecida pelo eleitor: Reguffe virou senador, e os demais se reelegeram. Para o político brasiliense, os deputados não fazem mais que sua obrigação quando participam das discussões realizadas em plenário. “É preciso ter responsabilidade com o contribuinte”, afirma o agora senador Reguffe.


Lincoln Portela compartilha do pensamento de Reguffe. O mineiro conta que já deixou de comparecer ao casamento do filho, celebrado na Itália, para marcar presença em sessão legislativa realizada há dois anos. “A sociedade é quem paga meu salário e, por isso, devo retribuí-la”, observou.


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