A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta
terça-feira (10), em segundo turno, a Proposta de
Emenda à Constituição
(PEC) 358/13, que institui o chamado orçamento impositivo para as
emendas individuais de parlamentares ao Orçamento Geral da União. O
texto foi aprovado sem qualquer modificação e como já havia sido
aprovado pelo Senado será agora promulgado pelas mesas do Senado e da
Câmara e passará a fazer parte da Constituição. Foram 452 votos a favor,
18 contra e 1 abstenção.
A PEC obriga o governo a executar as emendas individuais dos deputados e senadores até o limite de 1,2% da receita
corrente líquida (RCL) realizada no ano anterior. Na votação da PEC no
Senado foi incluído dispositivo estabelecendo que 50% dos recursos
dessas emendas devem ser destinados ao atendimento à saúde, podendo ser
usado no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá ser
usado para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais.
Apenas um destaque supressivo foi apresentado à PEC. O dispositivo
pretendia excluir do texto da proposta a progressividade do aumento de
recursos destinados ao setor de saúde, estabelecido pela PEC em 15% da
RCL no 5º ano. O destaque foi apresentado pelo PSOL e rejeitado pelo
plenário.
Para o líder da legenda, deputado Chico Alencar (RJ), a parte da
proposta que prevê alteração do financiamento mínimo para a saúde vai
gerar uma perda para a área. “A PEC tem um condicionante grave, que é o
escalonamento da saúde pública. Esse piso inicial representa uma perda
de R$ 7 bilhões para a saúde”, disse.
A aprovação do orçamento impositivo foi uma promessa de campanha do
então candidato à Presidência da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN). Alves que disputou a eleição para o governo do Rio Grande do
Norte acompanhou no plenário da Câmara a aprovação final da PEC do
Orçamento Impositivo.
Agência Brasil
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