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O ‘raio x’ da educação feito pelo Blog do Gordinho chega a sua
segunda e última parte mostrando como anda a realidade dos alunos e
professores na Paraíba. E mais uma vez os números encontrados são
preocupantes. De acordo com os Indicadores de Desempenho dos Gastos
Públicos com Educação na Paraíba (IDGPB), 25 municípios paraibanos têm
até 40% de pessoas analfabetas. Em 27 localidades a maioria dos
professores não possui curso superior.
Entre a classe do alunado, o alto índice de analfabetismo atinge 32
cidades, sendo que sete têm entre 30% e 39% de analfabetos e outras 25
têm mais de 40%. Casserengue e São José de Lagoa Tapada lideram esse
triste ranking. A primeira tem 46,25% de analfabetos e a segunda, tem
45,46%.
Porém, esse não é o único problema que atinge a população dessas
localidades. O número de alunos que tem abandonado os estudos também é
alto. Conforme o estudo, em 17 municípios há entre 10% e 15% de
abandono. Em outros 12, a quantidade de alunos desistentes chega a ficar
entre 9% e 10%. Quatro cidades têm os piores índices nesse segmento.
Santa Rita (16,44%), Uiraúna (15,36%), Ouro Velho (15,11%) e Itaporanga
(14,02%).
O número de reprovação também assusta. Em 26 municípios mais de 30%
dos alunos são reprovados, sendo que, em 19, 70% são aprovados e, em
sete há até 69% de aprovação. Manaíra tem 33,6%, Picuí tem 33,3% e
Araçagi aparece com 30,06% de reprovação.
Os professores
A classe docente também enfrenta precariedade. Em 27 municípios,
segundo o IDGPB, a maioria dos professores não tem formação superior. Em
dois deles menos de 30% são formados. Em outras 13 cidades, até 40% dos
mestres são formados, em 12 até 50% e, em apenas nove até 60% têm nível
superior. Os municípios de Lagoa sofrem mais com a baixa escolaridade
dos professores. Em Lagoa apenas 27,27% são formados e, em Ouro Velho,
somente 29,73%.
A grande maioria dos gestores também acaba optando por profissionais
que não são concursados e contratando professores temporários. Conforme o
IDGPB, em 18 localidades há entre 50% e 60% de temporários. Em oito
municípios, até 50% estão trabalhando sob essa condição e, em dez
localidades, há de 60% a 80% de profissionais não concursados. Matureia,
por exemplo, há 74,51% de professores temporários.
Blog do Gordinho
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