O Ministério Público Eleitoral da Paraíba (MPE) ingressou com uma
representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo uma reanálise
da prestação de contas do governador reeleito Ricardo Coutinho
(PSB) por supostas irregularidades na captação e gastos de recursos na
campanha eleitoral. O documento também pede a cassação do governador e
da vice, Lígia Feliciano (PDT), caso os fatos noticiados na
representação sejam confirmados.
De acordo com o documento do MPE, apesar das contas terem sido
aprovadas com ressalvas pelo TRE, é necesário aprofundar as
investigações. “A importância de se aprofundar os fatos noticiados
decorre da seriedade com que o legislador abordou o tema ‘contas de
campanha’, no que deve ser acompanhado pelo Poder Judiciário com
idêntica postura”, afirma o procurador regional eleitoral, Rodolfo
Alves, que assina a ação.
O advogado Fábio Brito, representante da coligação da qual o governador
faz parte, não quis se pronunciar sobre o caso por ainda não ter tido
acesso ao processo. “Eu não tenho conhecimento do conteúdo da peça.
Seria muito prematuro tecer qualquer tipo de consideração”, disse.
As contas de campanha do governador foram aprovadas com ressalvas pelo
TRE. Para o relator do processo, juiz Tércio Chaves, as irregularidades
encontradas representaram 0,26% de uma campanha que gastou mais de R$
14,12 milhões, “não sendo razoável a desaprovação das contas”.
Irregularidades
O documento do MPE aponta duas supostas irregularidades na captação e gastos dos recursos da campanha. A primeira delas seria a incompatibilidade entre o número de motoristas registrados na prestação de contas e o número de veículos locados. Segundo o MPE, foram contratados 17 motoristas para a campanha e 200 contratos de locação de veículos foram feitos.
O documento do MPE aponta duas supostas irregularidades na captação e gastos dos recursos da campanha. A primeira delas seria a incompatibilidade entre o número de motoristas registrados na prestação de contas e o número de veículos locados. Segundo o MPE, foram contratados 17 motoristas para a campanha e 200 contratos de locação de veículos foram feitos.
Outra irregularidade suposta pelo MPE é em relação a omissão de gastos e
de doações referentes a serviços de panfletagem, adesivagens,
bandeiras, entre outros. De acordo com o órgão, a alegação do governador
é de que as atividades de mobilização de rua foram realizadas por
militantes voluntários e, portanto, não remunerados.
G1
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