terça-feira, 16 de setembro de 2014

Bancários podem parar na próxima sexta-feira


 

Os bancários poderão suspender os serviços por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira, caso os bancos não apresentem uma proposta às reivindicações dos bancários. No Dia Nacional de Luta da Categoria, o Sindicato dos Bancários da Paraíba, orientado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), realizou em João Pessoa um ato público para cobrar por respostas. A manifestação teve início às 10h, em frente ao condomínio do Banco do Brasil, na Praça 1817, mas seguiu itinerante por diversas agências da capital durante o expediente bancário.

Com orquestra de frevos, faixas, cartazes e fogos de artifício, os bancários cobram respostas a uma pauta extensa, que vai desde soluções por mais empregos, fim das metas abusivas e da terceirização fraudulenta dos serviços, além de melhores condições de saúde e segurança nos locais de trabalho, conforme explicou o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, o bancário Marcos Henriques. “Não se pode conceber que a data base já passou há muito tempo e não conseguimos dialogar com os banqueiros”, complementa.

O presidente Marcos Henriques disse que apesar das manifestações de ontem não terem atingido os serviços bancários, o atendimento deverá ser suspenso após a sexta-feira, se não houver avanço. “Após oito rodadas de negociações, nós não tivemos respostas. Estamos querendo mostrar aos banqueiros que se não tivermos proposta logo iremos parar e fazer nosso calendário de greve, independente de propostas”, ameaçou o presidente do sindicato, Marcos Henriques.

O Dia Nacional de Luta foi uma deliberação da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida de 25 a 27 de julho, em Atibaia (SP), buscando combater as demissões, a rotatividade, os projetos de terceirização, as metas abusivas e o assédio moral, a insegurança e as discriminações nos bancos.
Segundo o sindicato, a pauta de reivindicações dos bancários foi entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 11 de agosto. As primeiras negociações com a Fenaban aconteceram nos dias 19 e 20 de agosto, quando os banqueiros deram negativa às reivindicações dos bancários.

Após essas reuniões, foram realizadas outras quatro rodadas de negociação com a Fenaban (19 e 20 de agosto – Saúde e Condições de Trabalho; 27 e 28 de agosto – Igualdade de Oportunidade e Segurança Bancária; 3 e 4 de setembro – Emprego e Remuneração/PCS e piso; 10 e 11 de setembro – Remuneração/Índice, PLR e auxílios), três rodadas específicas com o BB, três com o BNB, quatro com a Caixa e outras com alguns bancos privados e com os bancos regionais. “Todas sem avanço. Por isso realizamos manifestações e protestos em todo o país, intensificando a mobilização”, disse Henriques.



Com Jornal da paraíba

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