Os bancários poderão suspender os serviços por tempo indeterminado a
partir da próxima sexta-feira, caso os bancos não apresentem uma
proposta às reivindicações dos bancários. No Dia Nacional de Luta da
Categoria, o Sindicato dos Bancários da Paraíba, orientado pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT), realizou em João Pessoa um ato público para cobrar por
respostas. A manifestação teve início às 10h, em frente ao condomínio do
Banco do Brasil, na Praça 1817, mas seguiu itinerante por diversas
agências da capital durante o expediente bancário.
Com orquestra de frevos, faixas, cartazes e fogos de artifício, os
bancários cobram respostas a uma pauta extensa, que vai desde soluções
por mais empregos, fim das metas abusivas e da terceirização fraudulenta
dos serviços, além de melhores condições de saúde e segurança nos
locais de trabalho, conforme explicou o presidente do Sindicato dos
Bancários da Paraíba, o bancário Marcos Henriques. “Não se pode conceber
que a data base já passou há muito tempo e não conseguimos dialogar com
os banqueiros”, complementa.
O presidente Marcos Henriques disse que apesar das manifestações de
ontem não terem atingido os serviços bancários, o atendimento deverá ser
suspenso após a sexta-feira, se não houver avanço. “Após oito rodadas
de negociações, nós não tivemos respostas. Estamos querendo mostrar aos
banqueiros que se não tivermos proposta logo iremos parar e fazer nosso
calendário de greve, independente de propostas”, ameaçou o presidente do
sindicato, Marcos Henriques.
O Dia Nacional de Luta foi uma deliberação da 16ª Conferência
Nacional dos Bancários, ocorrida de 25 a 27 de julho, em Atibaia (SP),
buscando combater as demissões, a rotatividade, os projetos de
terceirização, as metas abusivas e o assédio moral, a insegurança e as
discriminações nos bancos.
Segundo o sindicato, a pauta de reivindicações dos bancários foi
entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 11 de agosto.
As primeiras negociações com a Fenaban aconteceram nos dias 19 e 20 de
agosto, quando os banqueiros deram negativa às reivindicações dos
bancários.
Após essas reuniões, foram realizadas outras quatro rodadas de
negociação com a Fenaban (19 e 20 de agosto – Saúde e Condições de
Trabalho; 27 e 28 de agosto – Igualdade de Oportunidade e Segurança
Bancária; 3 e 4 de setembro – Emprego e Remuneração/PCS e piso; 10 e 11
de setembro – Remuneração/Índice, PLR e auxílios), três rodadas
específicas com o BB, três com o BNB, quatro com a Caixa e outras com
alguns bancos privados e com os bancos regionais. “Todas sem avanço. Por
isso realizamos manifestações e protestos em todo o país,
intensificando a mobilização”, disse Henriques.
Com Jornal da paraíba
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