
O senador Cássio Cunha Lima começa a retirar o time de campo. Em entrevista a uma rádio de Campina Grande o tucano reconhece que sua candidatura depende única exclusivamente da Justiça Eleitoral.
Com essa
constatação, a peregrinação pelo estado para decidir por candidatura
própria perde o sentido e a força e o que vinha sendo dito pelo blog
Jampanews ganha consistência e veracidade: Cássio não pode ser candidato
e ele começa preparar o espírito dos correligionários para o óbvio
ululante de que sua candidatura será barrada pela Justiça.
A
encenação não poderia ser levada a frente por mais tempo já que a
decisão final, como já reconhece o próprio Cássio, não depende do povo
ou dos tucanos e sim da Justiça Eleitoral, que deve barrar a candidatura
do tucano, caso ele se apresente para a disputa, baseada na Lei Ficha
Limpa, cuja transparência é tal que qualquer leigo em Direito pode
perceber que o tucano permanece inelegível.
Chegando
ao fim do túnel e urgindo uma decisão para saber quem será o candidato,
o PSDB não pode delongar mais essa definição, sob pena de ter que
seguir a reboque de outras legendas, como aconteceu em 2010, quando a
aliança com o PSB se mostrou exitosa.
Em
sua declaração, Cássio ainda apela para subterfúgios, que não encontram
respaldo na Lei Ficha Limpa, de que já foi penalizado por três anos,
quando ele, como advogado sabe que inelegibilidade não é pena e sim
critério e que isso já foi decidido pelo STF, em 2010.
Pela
primeira vez o tucano disse que só estava dependendo da Justiça
Eleitoral para voltar a disputar o Palácio da Redenção. O tucano
acredita que está elegível e que a dupla punição que recebeu da Justiça
Eleitoral já está vencida.
Por ser
critério, condição e não punição, e em consequência do prazo de
inelegibilidade ter sido alterado de três para oito anos e o prazo
começar a contar após o cumprimento da pena, Cássio só teria condições
legais de disputar uma eleição em 2018. O resto são churumelas.
Fim
de março, chegando as convenções, rompida a aliança com o PSB, os
tucanos começam correr atrás do prejuízo e reconhecer que o seu campeão
não pode entrar na arena impedido por Lei Popular, que alija do processo
eleitoral quem tem ou teve problemas com a Justiça.
O
resultado dessa estratégia de rompimento começa se delinear de forma
aterradora para o senador tucano, já que o governador Ricardo Coutinho
não se submeteu as exigências dele e aceitou o confronto com a mesma
disposição com que firmou a aliança e a possibilidade de reconciliação
se tornou impossível.
Com Cássio e
Cícero impedidos pela Justiça Eleitoral de disputar o pleito, as chances
de vitória dos tucanos resumem-se a nomes como o de Ruy Carneiro e
outros bicudos de menor densidade eleitoral, alternativas que tem
deixado em rebuliço o poleiro tucano.
Redação com blog JampaNews
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