segunda-feira, 11 de junho de 2012

"O QUE A COM Á POLITICA"

   Parece-me que a cada quatro anos a história se repete, qual seja: um amontoado de pessoas desejosas de se lançarem no universo da política. Existem aqueles que almejam um cargo no legislativo e há outros que se lançam em uma corrida desenfreada para o Executivo. Entretanto, a única coisa que sobra dessa movimentação toda é um aglomerado de partidos políticos sem a menor sustentação ideológica, principalmente no sentido clássico em que os homens se posicionam na arena política pelo nível de suas idéias: de um lado existe a esquerda - que ainda não está morta; o centro - para o qual se confluem muitos indivíduos - e a direita - que tem muitos adeptos, porém, poucos com coragem suficiente para admitir tal postura. 

     Para se desfazer esse nó é preciso que existam partidos fortemente ideologizados, todavia, isso ainda não aconteceu aqui. Se por lado, há os homens de direita, cujos princípios defendidos estão presentes desde a época da Independência ocorrida em 1822, mas longe da defesa de ideais liberais, por outro, encontram-se políticos travestidos de social-democratas, mas que na verdade agarram-se ao poder e dele não querem se afastar. E por fim, existem os proto-esquerdistas que defendem ferrenhamente os interesses corporativos, entretanto, querem passar outra imagem: a de que objetivam a melhoria da qualidade de vida da população.
    Enfim, é nesse universo político brasileiro que as coligações partidárias são concretizadas, sem que o povo saiba de fato quais são os interesses em jogo. Esse cenário é preocupante porque acontece a cada quatro anos durante os pleitos municipais e, quem outrora era adversário hoje é companheiro de chapa e vice-versa. Coisas da política, conforme Maquiavel.

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